Uma degustação com gostinho de desafio. Foi assim que aconteceu a décima primeira edição da degustação que apresento na ABS-Rio. Foram servidos três vinhos classificados como Grand Cru Classé da classificação de 1855 de Bordeaux, lado a lado com outros dois Bordeaux não classificados, então, e um rótulo brasileiro.
Os participantes que já estiveram em outras edições desta degustação já sabiam o que esperar; já os novatos logo se surpreenderam com a elevada qualidade dos vinhos.
Os vinhos foram servidos às cegas, um a um, na seguinte ordem: Château La Tour de Mons 2015 AOC Margaux, Don Abel Rota 324 2012, Château Pédesclaux 2012 AOC Pauillac, Château du Tertre 2010 AOC Margaux, Château Haut-Batailley 2012 AOC Pauillac e Château La Mission Haut-Brion 2013.
Os quatorze participantes foram instados a identificar os três Grand Crus e o brasileiro, além de terem de escolher o melhor e o pior vinho da noite. As surpresas foram gerais, e para cada uma apresentei uma explicação. Vejamos a seguir.
O pior vinho foi o Château La Tour de Mons 2015 AOC Margaux, e o motivo é que ainda está no início de sua vida e, portanto, não totalmente pronto para ser bebido em sua adolescência. Já o melhor vinho na opinião de nove pessoas foi o Don Abel Rota 324, e o motivo foi que está no auge de sua evolução, enquanto que os demais ainda vão melhorar muito com o tempo. Da mesma forma dez pessoas acharam que o Rota 324 era um dos Grand Cru e também dez pessoas acertaram que o Château du Tertre 2010 era um dos Grand Cru devido à sua boa evolução.
Ao final, na confraternização, muitos manifestaram o desejo de que houvesse um repeteco do evento com outros Grand Cru ainda este ano. A avaliação geral foi muito boa. Todos disseram que os vinhos servidos – sem exceção – foram de elevada qualidade e muito agradáveis de serem degustados.
Roberto Rodrigues
#rrvinhos