Em 1992, há 28 anos, portanto, a então pequena e incipiente Vinícola Miolo, no Vale dos Vinhedos, produzia seu primeiro vinho engarrafado, um total de 8.000 unidades de um tinto da casta Merlot, colheita 1990. Seis anos depois, em fevereiro de 1998, eu faria minha primeira menção a essa vinícola brasileira em artigo denominado “A Família Miolo”, fato que repeti depois por várias vezes, a mais recente em 2013, quando me referi à vinificação especial do Lote 43, após expressiva apresentação feita na ABS-Rio pelo querido amigo Adriano Miolo, enólogo do grupo.
Está na hora de atualizar, pois as coisas mudaram de forma extremada nas duas últimas décadas. O que era então uma vinícola regional, limitada a Bento Gonçalves, é hoje a Miolo Wine Group, de abrangência internacional, com quatro unidades localizadas em diferentes regiões, a saber: Vinícola Miolo, no Vale dos Vinhedos; a propriedade do Seival, na Campanha Meridional Gaúcha; Vinícola Almadén, na Campanha Central Gaúcha; e Vinícola Terranova, no Vale do São Francisco, esta última em joint venture com a família Benedetti (vinhos Lovara).
A Vinícola Miolo original, sede administrativa do grupo, conta com 100 hectares de vinhedos próprios e elabora 800 mil litros de vinho por ano que levam o selo da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos, entre eles seus top Lote 43 e Merlot Terroir e o espumante Miolo Millésime.
Na propriedade do Seival, no município de Candiota, o grupo tem 200 hectares de vinhas próprias, elaborando anualmente 1,3 milhões de litros de vinho, como o Quinta do Seival, com utilização de tecnologia de ponta em instalações novas e modernas.
Nas proximidades de Santana do Livramento, RS, a Miolo detém agora a gigantesca Almadén, originalmente um empreendimento californiano, o primeiro de uva e vinhos na Campanha Gaúcha. Nada menos que 450 hectares de vinhedos com potencial produtivo anual de quatro milhões de litros de vinhos, entre eles o Riesling e o Cabernet Sauvignon.
Registremos finalmente na interior da Bahia, no Vale do São Francisco, os 200 hectares irrigados de vinhas da Vinícola Terranova, originando outros quatro milhões de litros de produtos variados, como espumantes, brancos e tintos frutados, e suco de uva.
Para dar vazão a essa produção, tornou-se imperiosa a expansão comercial, de forma que atualmente a empresa atua não apenas em todo o Brasil, mas também em 30 diferentes países nos cinco continentes, incluindo-se aí, apenas como exemplos, EUA e Canadá, Angola, Austrália, Singapura e diversos estados europeus como Portugal, Itália e Bulgária.
Em artigo de março de 2010, eu terminava com um incentivo: “Para frente, Adriano! Força, Alexandre!”. Agora já posso dizer com alegria: “Parabéns para vocês, amigos!”