É curiosa a coincidência em determinado ano de grandes safras vinícolas em diversos lugares no mundo. Sendo impraticável encontrar uma lógica ou uma explicação científica para isso, podemos dizer que se trata de uma coincidência que se repete ciclicamente de forma imprevisível, ao acaso.
Se analisarmos um quadro de safras abrangente, é possível notar que 2005 foi um desses anos. Agora, uma década depois, merece uma atenção especial, sendo uma boa oportunidade para degustações cuidadosas.
Assim como no Médoc, em Bordeaux (região em que a safra é determinante dos preços), mereceram nota máxima em 2005 denominações tão diferentes como Mosel, na Alemanha; Toro, Rioja, Navarra e Priorato, na Espanha; Dão e Bairrada, em Portugal; e Tokaji, na Hungria. Isso, no Hemisfério Norte.
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No Hemisfério Sul juntaram-se a eles a Serra e a Campanha Gaúcha, no Brasil, e Colchagua, no Vale
Central do Chile, com excelente colheita naquele ano.
Sugiro aqui alguns exemplares disponíveis no mercado brasileiro:
- Do Médoc: o Château Calon-Ségur 2005, 3ème, Saint Estephe (Importadora Mistral)
- De Toro: Gil Luna Toro Reserva Especial 2005 (Imp. Decanter).
- Da Rioja: Luis Cañas Rioja Reserva 2005 (Importadora Decanter)
- Da Rioja: Conde de Valdemar Gran Reserva 2005 (Imp. Mistral)
- De Navarra: Julián Chivite Colección 125 Reserva 2005 (Imp. Mistral)
- Do Dão: Quinta das Estrémuas Touriga Nacional 2005 (Imp. Grand Cru)
- Do Dão: Quinta do Perdigão Touriga Nacional 2005 (Imp. Mistral)
Não encontrei exemplares do Novo Mundo (Rio Grande do Sul e Colchagua) dessa safra, mas deve haver alguns – talvez o Montes Alpha 2005 ou o Lote 43 Miolo 2005 – em lojas especializadas como Bergut, La Botella e outras.